XVIII – A Lua
Mudou o dia, mas a carta é a mesma. O que temos a aprender com a Lua? O que está tão difícil de aceitar?
Quanto maior o controle da mente, mais aprisionado fica seu ser interno.
Quanto mais aprisionado estiver seu ser interno, maior a sensação de incompletude e vazio.
Que sua luz ilumine sua sombra e que você possa ser completo!
Namastê.
Quem sabe a verdade?
Temos tanto medo de sermos iludidos pelos outros que fazemos de tudo para estarmos atentos, alertas e espertos. Mas, o verdadeiro perigo mora dentro de nós. Nós mesmos criamos nossas ilusões.
Deixe-me explicar melhor. Existe uma cultura que prega o quão negativo é ser ingênuo. A ingenuidade faz com que você seja enganado, que te passem a perna, que criem ciladas contra você. Por isso, aprendemos a dormir com um olho aberto e outro fechado, a observar e captar os interesses ocultos e nunca acreditar piamente no que é dito. O mundo é dos espertos. Use a cabeça! Todas essas frases fazem parte de nossos pensamentos, nossa mente fica concentrada nas possíveis armadilhas que podem ser armadas contra nós. E assim, usamos demasiadamente a cabeça, usamos tanto a cabeça que negamos nossas outras impressões.
A intuição, os impulsos, o inconsciente possuem uma forma única de perceber os acontecimentos. Eles captam o que paira no ar, a energia emanada, a vibração. E, mesmo que não sejamos capazes de descrever em palavras, sentimos. Sentimos quando o lugar está com boa ou má vibração; sentimos quando uma pessoa tem as qualidades que apreciamos ou não. Mas, a razão não sabe decifrar esses códigos e jogamos fora esse sentir, achamos que é besteira, que é fruto do medo, do desejo, da vaidade… De qualquer coisa, menos da verdade!
Assim, surge a ilusão. A ilusão sobre si e sobre os outros. A realidade é vista pelos olhos iludidos, desfocados, míopes. Sem usar todas nossas fontes de informação interna, vivemos num mundo irreal, numa fantasia.
A vida mutilada dessa porção intuitiva e divina provoca distorções na forma de ver o mundo, na forma de ver as pessoas e, infelizmente, na forma de ver a si mesmo. E nessa distorção, deixa de ver seus lados ocultos e escuros, que carecem de luz e de expressão. Quem nega seu inconsciente tem uma vida errante porque está negando seu próprio autoconhecimento.
FLORAIS DE BACH – Quando a sombra é entendida e incorporada, a luz torna-se mais forte e nos sentimos mais completos. Para contribuir nesse processo, veja AQUI os Florais recomendados.
Texto: Magda Kumara // Imagem: Mary-el Tarot