II – A Sacerdotisa
Para ser uno é preciso unir os opostos!
Não somos bons ou maus, bonitos ou feios, inteligentes ou burros, não somos uma coisa ou outra! Somos a polaridade, somos a soma dos opostos, somos a incoerência e a inconstância, somos ying e yang. Essa contraposição nos faz unos, únicos, individuais.
Quando tentamos nos fixar em algo, em nos autodefinir, nos limitamos e deixamos no escuro uma parte significativa do que somos. Forçamos nossa própria barra, forjamos uma personalidade a partir das nossas “qualidades” e usamos todas as nossas forças para atenuar nossos “defeitos”. Essas qualidades e esses defeitos foram moldados pela nossa vivência, pela recepção ou aversão de pessoas que buscávamos amor, pela aceitação social, pela cultura do meio em que crescemos. Nossa sensibilidade torna-se fragilidade, nossa espontaneidade torna-se ingenuidade, nossa vivacidade torna-se agressividade.
Quanto mais buscamos nossa inserção no meio, a partir dos decretos de nossa mente, dos nossos medos, das nossas inseguranças, mais desligados ficamos do que realmente somos: essa belíssima união de diferenças. Perdemos, pouco a pouco, nossa individualidade, nossa leveza.
Muitas vezes precisamos parar, olhar para dentro de nós, renovar nossa identidade, reconhecer nossas emoções e características que há muito estão trancafiadas. Perceber, principalmente, o quanto somos intuitivos e perceptivos, muito mais do que nossa vã racionalidade supõe.
Magda Kumara
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