4 de Ouros

 

4 de Ouros

Nascemos para morrer, conhecemos pessoas para as deixar e ganhamos coisas para as perder. (Buda)

 Tudo que amamos e possuímos tememos perder. E quanto mais nos prendemos a eles, mais dependentes nos tornamos e maior é nossa dificuldade de aceitar sua perda. Isso não acontece apenas com as pessoas, mas com as coisas também.

Vivemos em uma sociedade tão consumista que as posses definem as pessoas. Isso já foi prá lá de discutido, não é? Então, por que ainda julgamos a nós e aos outros pelo que usam e pelo que têm? Por que temos tanto medo de perder o que conquistamos?

Logo pensamos: precisamos disso para viver! Do que efetivamente precisamos? Quanto do que temos está relacionado à nossa sobrevivência? Ou será que a maior parte daquilo que possuímos representa segurança e necessidade de reconhecimento.

Se sabemos que a morte virá, mais cedo ou mais tarde, precisamos aprender que nada durará para sempre. Nada está seguro, nada está protegido. Experimentaremos muitas perdas, perdas materiais, perdas afetivas, perdas de todas as formas: de pessoas, de saúde, de dinheiro, de emprego, de amigos, de bens. A compreensão e aceitação da impermanência  nos ajuda a viver o presente e a desfrutar daquilo que dispomos no momento, sem criar falsas necessidades e amarras. Os bens materiais e o dinheiro são importantes em nossa cultura, mas eles não podem nos definir e representar felicidade. As pessoas vivem seus próprios ciclos e temos que aprender a nos despedir, saudosos, mas sem melancolia. Afinal, apego não é sinônimo de amor!

Magda Kumara

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