8 de Copas
por Magda Kumara
Xô depressão!
Há momentos na vida em que o pessimismo nos pega. Pensamos que as piores coisas acontecerão, que nada dará certo. Desprezamos nossas conquistas, nossas realizações, jogamos tudo no lixo junto com nossa esperança e fé no futuro. Achamos que nossos problemas não têm solução, que nossa vida será de sofrimento e tristeza.
Ninguém está livre de dias tristes e de não conseguir ver a luz no fim do túnel. Ninguém está livre da falta de perspectivas, do sentimento de solidão e desalento. Ninguém está livre da negatividade e da depressão.
A depressão deve ser a doença mais diagnosticada nos dias atuais e todos tentam fugir dela. Se está triste, vai se distrair. Se está sozinho, vai buscar companhia. Se está sem ânimo, vai beber alguma coisa. Criam-se válvulas de escape, compensações, distrações, qualquer coisa. Mesmo assim, quando menos se espera, a depressão já se instalou.
Em vez de tentarmos driblar os primeiros sinais de depressão, deveríamos prestar atenção no que está nos deixando tristes, o que está tirando nossa alegria e disposição para a vida. Olhar para dentro de nós mesmos, identificar se estamos conduzindo nossa vida em direção ao nosso objetivo existencial ou se estamos sendo conduzidos.
A depressão é a doença de quem está no rebanho e tenta se manter nele. É a doença da autonegação, é a doença do autodesconhecimento, é a doença da autorrepressão.
A depressão é um alerta de nosso ser interno oprimido. É o clamor por atenção e validação de seus impulsos e necessidades. É o chamado para trilhar um caminho próprio. É o grito para ser quem se é e conduzir a vida como se deseja.