II – A Sacerdotisa
por Magda Kumara
O fortalecimento interno enfraquece o ego.
Quando o ego morre é possível ouvir o eu interior, ouvir a verdadeira essência do ser. Mas como fazer com que isso aconteça?
No decorrer da vida, nossa personalidade é moldada de acordo com os reforços positivos e negativos que recebemos. Os elogios nos fazem repetir a ação, as críticas fazem com que reprimamos aquela atividade. O problema é que também tentamos nos reprimir intimamente, podemos evitar o gesto, mas não o sentir; podemos frear a boca, mas não o pensar. Não queremos sentir ou pensar essas coisas! Queremos anular essa parte de nós que sente o que não deveria sentir, que pensa o que não deveria pensar.
Forçamos a nos moldar às expectativas externas, mas elas se tornaram expectativas internas também. Não queremos contradições, queremos ser de um jeito único e inequívoco! Enquanto tentarmos isso estaremos negando covardemente parte do que somos.
Somos a totalidade de nossos opostos, somos a soma de nossas contradições, somos o fruto de nossas idiossincrasias. Enquanto lutarmos contra essa diversidade que nos compõem fortaleceremos o ego e nos distanciamos de nossa verdade interior. Somos yin e yang, somos preto e branco, somos chuva e sol. Compreender e aceitar essa dualidade fortalece o ser interno e enfraquece o ego. Quanto maior a repressão interna, mais forte é o ego; quanto maior a aceitação interna, mais fraco torna-se o ego.
O que há de mais puro e verdadeiro em você está em seu interior e ele não tem nada de ruim ou feio. Sufocá-lo gera sofrimentoe dúvidas; libertá-lo traz equilíbrio e dá sentido à própria vida!