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Não se pode ser flexível e conciliador com aquilo que é importante!

Harmonia. Esta aí algo que todos desejam e buscam. Ontem o Tarô nos mostrava a importância de se conhecer e a partir desse conhecimento encontrar a harmonia, a tranquilidade de saber-se e entender-se.

Esta carta de hoje refere-se à harmonia forjada, construída por conciliação. A harmonia do “deixa prá lá” ou da barganha, mas não é a harmonia que vem de dentro, não, não é mesmo!

O que somos capazes de fazer para ficar em paz? O que somos capazes de engolir, suportar, aturar para evitar uma discussão, uma briga, um desentendimento? E, o mais importante, que preço pagamos para conseguir isso?

Abrimos mão das nossas reais vontades, abandonamos sonhos, desistimos de projetos, deixamos de lutar por tantas coisas significativas… Tudo isso para não decepcionar os outros, não criar um “clima” ruim, não irritar alguém, enfim, para manter a imagem que construímos e acreditamos que, assim, só assim, seremos aceitos e amados!

Talvez tudo isso esteja ligado ao pouco conhecimento que fazemos de nós mesmos, mas tantas concessões, tantos acordos e conciliações provocam uma grande mal interno. A briga passa a ser interna e vamos acumulando muita raiva e frustração.

Quem sabe se, ao percebermos os estragos que fazemos a nós mesmos, não começamos a valorizar, respeitar e privilegiar o que vai por dentro de nós? E daí então, poderemos ser flexíveis e conciliadores, não com o que é importante, mas com o que é periférico.

Magda Kumara

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