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XII – O Pendurado

por Magda Kumara

Por que o ego deve morrer?

A vaidade, o orgulho, a arrogância são manifestações do ego quando sente que está sendo acatado. Quanto mais excessiva for essa defesa, maior será o sofrimento gerado. Relações são desfeitas, brigas que perduram durante quase toda a vida, mágoas que não cicatrizam… O ego pensa: como você fez isso comigo? Com quem pensa que está falando?

Deixa também um rastro de culpa: se eu fosse realmente bom, isso não teria acontecido. Não deveria ter reagido desse jeito, eu deveria ter me controlado! Afinal, é papel do ego impedir que os conteúdos inconscientes passem para o campo da consciência e quando isso não acontece, nos crucificamos por sermos fracos, por termos gerado algo ruim. E, nessa dinâmica, ora nos sentimos vilões, ora vítimas, ora heróis.

Na verdade, o ego tenta proteger nossa parcela mais verdadeira porque não a considera boa o suficiente para ser expressa. O ego nos faz seguir aquilo que esperam de nós, para sermos aceitos e adequados, para não sermos diferentes, nem únicos. O ego nos confunde, nos faz duvidar de nosso real potencial, nos faz abandonar os sonhos em nome de uma realidade predeterminada, de uma falsa sensação de segurança.

Enquanto seu ego for forte e dominante, estará negando a si mesmo. Enquanto estiver buscando a aprovação externa, estará invalidando seu próprio potencial e desperdiçará essa passagem aqui na terra.

Deixar o ego morrer significa reconhecer que sua porção inconsciente tem valor inestimável e que possui a verdade sobre quem realmente é. Significa acreditar em si mesmo e não ser vulnerável a críticas e elogios. Significa aproveitar ao máximo essa maravilhosa oportunidade de evolução espiritual.