Cavaleiro de Copas
Qual a medida do sentir?
Sentimos e pensamos tanto. Pensamos sobre o que sentimos, pensamos que talvez não devêssemos sentir o que sentimos ou que devíamos sentir o que não sentimos. Quando sentimos muito, pensamos que não é bom; quando sentimos pouco, pensamos que também não está bom. Qual a medida do sentir? Existe uma medida ideal?
Entender como nossas emoções funcionam é bastante importante, pois através delas nos conhecemos mais, compreendemos nossas ações e reações. O sentir não é manipulável e, por isso mesmo, ele é capaz de mostrar aquilo que tentamos ocultar, ou até desconhecíamos. Ele é a fonte mais fidedigna de quem somos.
Quando prestamos atenção aos nossos sentimentos, às nossas emoções, podemos entender seus mecanismos, o que faz gerar a roda emocional, o que congela e o que incendeia. A partir dessa análise, compreendemos, pouco a pouco, o funcionamento de nossa psique e trilhamos um caminho de sabedoria pessoal. Essa compreensão ajuda nosso crescimento.
Contudo, quando percebemos sentimentos que racionalmente condenamos, tentamos reprimi-los, extirpá-los de nós. Não os queremos! Tentamos controlar nossas emoções! Usamos a observação e a análise de nossas emoções de forma rígida, enclausurando-as, negando-as. Assim, usamos da pior forma esse conhecimento, para nos distanciarmos dessa fonte primordial.
Quando saímos da ignorância, quando aprendemos, temos acesso às informações mais preciosas, nos iluminamos, porém, a beleza dessa luz depende do uso que fazemos dela. Se a usamos de maneira despótica, para manipular a nós e aos outros, de que vale esse conhecimento? A luz deve iluminar aquilo que está oculto, escondido, encolhido, não para delatar sua fragilidade, insegurança e medo. Usemos nossa capacidade mental a favor de nossas emoções, há muito que a usamos para subjugá-las!
Magda Kumara
T.(11)9-8506.3117