15 O Diabo

XV – O Diabo

Liberdade aos instintos!

Quantas pessoas você conhece que parecem presas a uma vida que não é real? Que parecem presas a comportamentos e valores diferentes daquilo que brilha em seus olhos? Quantas pessoas você conhece que se reprimem, que deixam de fazer o que gostam, que seguem a vida como autômatos? Quantas pessoas você conhece que sufocam, dia a dia, sua vitalidade, sua energia criativa?

Talvez você tenha lembrado de muitas pessoas que conhece, talvez tenha, até mesmo, percebido que pessoas muito queridas vivem desse jeito. Na verdade, todos nós, em maior ou menor grau, vivemos assim. O mais importante é poder identificar aquilo que EU reprimo em mim para poder mudar.

Na tentativa de ser “normal”, de ser aceito e de sentir-se pertencendo a um grupo, a parcela mais instintiva é reprimida. É tão cruel essa repressão, que podemos nos tornar censores de pessoas livres, críticos e intolerantes com tudo que é diferente. O instinto reprimido corroi a alma por dentro e cria um enorme distanciamento entre o que mostramos e o que somos.

Nenhuma repressão é saudável, quanto mais daquilo que é vital. Libertar os instintos é libertar-se dos preconceitos, é respeitar e aceitar as necessidades do corpo e do espírito. Nada é errado quando está em consonância com a alma. Nada é ruim se não produz o mal.

Magda Kumara