VIII – A Força
Você não tem o direito de não fazer a sua vontade!
A racionalidade foi e é uma das características marcantes de nosso tempo. “Use a cabeça!”, “Acredite nos seus olhos, não na sua intuição!”, “O corpo nada sabe, quem sabe é a mente!”, e por aí vai. Assim, fomos ensinados a nos distanciar de nossos outros instintos, a desconsiderar os gritos de nosso corpo, a ignorar nossa intuição.
Somos seres racionais, portanto, usar a cabeça é algo que devemos fazer, mas precisamos usá-la a nosso favor, não contra nós. Por exemplo, uso minha cabeça para dizer que não sei fazer as coisas direito, que nunca vou melhorar na vida porque sou incompetente, que não sou bonito/a por não estar nos padrões de beleza estabelecidos, entre tantas outras coisas que passam pela mente e que evitamos falar, mas estão sempre a nos criticar, a nos colocar para baixo. Somos o que somos e isso não nos faz melhores nem piores, apenas somos!
É hora de abandonarmos esse maniqueísmo de que tudo se divide em bom e mau, bonito e feio, certo e errado. Isso é tão pequeno e tão desnecessário! Se continuarmos nesses extremos, tornaremos nossa vida numa eterna busca por um perfeição que nunca encontraremos.
Aceitar-se como se é, aceitar-se em constante mutação, aceitar-se como uma expressão do seu interior a cada momento.
Mas, essa aceitação deve ser integral! Aceite seu corpo, permita que ele desfrute prazeres; observe seu corpo, identifique suas sensações e necessidades. Libertemo-nos dos tabus que impõem regras sobre o corpo, ele está sob nossa responsabilidade e cabe apenas a nós decidir como cuidá-lo e acariciá-lo.
É com o corpo que nos relacionamos com o mundo físico e nossa existência neste mundo depende única e exclusivamente dele!
Magda Kumara
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