9 de Ouros
por Magda Kumara
Amor fati (amor pelo próprio caminho)
É maravilhoso dividir a vida com outra(s) pessoa(s). É saudável compartilhar risos e choros. É delicioso amar e ser amado.
Mas, para que essa (re)união seja efetiva e completa, antes é preciso gostar de seu próprio ser, curtir a sua própria companhia, sentir-se confortável com seu próprio corpo, deliciar-se com seu próprio caminhar.
Estamos irremediavelmente sozinhos em nosso sentir, podemos estar com os outros mas ninguém, absolutamente ninguém, é capaz de realmente sentir o que sentimos. Nossa dor, nossa emoção, nossa alegria, nossa felicidade, nosso gozo, nosso prazer, nosso nascer, nosso morrer, tudo é inerentemente nosso, de mais ninguém, por mais amigo que seja, por mais que nos ame.
Ter prazer em ser o que se é e gostar de si mesmo é a busca da maioria de nós, uma dura tarefa. Por muito tempo ficamos focados em atrair o amor, em um processo de fora para dentro (receber amor para se amar), e mesmo com algum sucesso, o amor recebido não é suficiente para cobrir a parte ausente de amor por si mesmo. É necessário inverter o processo.
Quando começamos a gostar mais do que somos, entendendo o que nos deixa alegre e o que nos entristece, sabendo o que nos é prazeroso e o que nos angustia, nos livramos de um enorme peso que sempre se manteve sobre nós. Sentimos uma imensa paz, restaura-se a confiança e a certeza de que somos capazes de realizar, criar e atrair aquilo que desejamos e merecemos.