XIV – A Temperança
A cada dia, o Tarô nos mostra os benefícios da integração de nossa essência com nossas atividades, escolhas e modo de vida. Ele vem, sistematicamente, nos alertando para a necessidade de encontrarmos prazer em nossas ações e hoje ele apresenta esse Arcano Maior (arquétipo universal), que simboliza a união e integração dos opostos presentes dentro de cada um de nós, sem a predominância de um dos lados, sem radicalismos. É a Temperança, com ela devemos deixar de lado o hábito de divisão, separação e estereótipos. Devemos nos libertar de nosso olhar bipartido, bipolarizado e maniqueísta sobre as coisas e as pessoas – especialmente sobre nós mesmos!. Nem tudo se divide em preto e branco, doce e salgado, positivo e negativo, bom e mau. Todos nós temos um pouco de cada coisa e quando nos forçamos uma coerência única, provocamos intenso sofrimento.
A origem de muitos conflitos internos está na diferença existente entre nossa essência e nossos valores: sentimos de um jeito que achamos que não é bom; queremos algo que consideramos inadequado. Massacramos nossa essência para poder atender às crenças que aprendemos e estabelecemos como corretas.
A Temperança vem alertar para nos libertamos dessas opressões, tanto as autoimpostas quanto as externas, e permitir que nossa essência se expresse sem tensões, nem angústias. Quando permitirmos seu fluir, o caminhar torna-se dança, o falar torna-se poesia e o silêncio torna-se meditação. A ação proveniente da essência não tem ansiedade por resultados, não precisa de esforço. Tem prazer!