6 de Paus
Ama seu trabalho ou trabalha no que ama?
Umas das principais buscas de cada indivíduo é a realização e, dentre as várias fontes de realização, destaca-se a realização profissional.
Gastamos muita da nossa energia e de nosso tempo no trabalho, mas com que objetivo? Alguns podem responder que é pela necessidade de sobrevivência e como questionar isso? Claro que o trabalho é nossa fonte de renda para nosso sustento e daqueles que dependem de nós, mas não nos submetemos a qualquer tipo de trabalho. O tráfico de drogas, exploração sexual, contrabando são atividades muito rentáveis, mas vão contra nossos valores morais, éticos, culturais e espirituais. Somos capazes de executar atividades que nada têm a ver com o que somos e com o que gostamos. Respeitamos os valores sociais e morais, mas nem sempre respeitamos nossos atributos e desejos, nossas aptidões e vontades. Gastamos nossa energia em algo que não traz satisfação, muito menos realização e justificamos que é pelo aspecto financeiro!
Engana-se quem acredita que isso acontece apenas com quem tem atividade de menor qualificação, há muita gente que passou anos estudando, que tem posição de destaque em sua atividade, que galgou vários degraus no status profissional e não se sente realizada. Mas, acha que é tarde, acha que é difícil começar algo novo, a estrutura material que construiu precisa de recursos que não vai conseguir manter começando do zero.
Nos acostumamos a justificar nossa insatisfação profissional, temos respostas prontas para explicar porque fazemos o que não gostamos e tentamos compensar nossa falta de satisfação em outras atividades. E eu pergunto, tirando as horas em que estamos dormindo, a maior parte de nossos dias estamos trabalhando, como compensar? E outros responderão que é só deixar o barco rolar, tirando uma satisfação aqui, outra ali. Afinal, a vida é assim e trabalho não é prazer! Será?
Não temos prazer o tempo todo, se não é assim na vida, também não é no trabalho. Mas,trabalhar apenas por obrigação com total falta de prazer também não é saudável. Toda nossa energia empregada nas atividades profissionais devem fluir e expandir. Pode ser que não seja a melhor atividade, talvez sejam necessárias modificações, às vezes as principais mudanças são feitas dentro de nós mesmos: na forma de perceber a atividade, observando se o ritmo do trabalho está adequado, se não existe mais expectativa de resultados do que se pode obter. O importante não é o resultado em si, mas todo o processo, cada etapa deve ser o mais prazerosa possível.
Nem sempre é necessário revolucionar a vida para ter realização e reconhecimento profissional, eles podem ser frutos do respeito ao próprio ritmo, criatividade e energia. Olhe para sua atividade, faça as modificações necessárias e possibilite que seus dias sejam mais prazerosos e de vitórias, mesmo que pequenas.
Magda Kumara
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