IV – O Imperador
Qual seu papel na vida? Espectador ou ator/diretor?
Se ontem o Tarô nos apresentou a carta da Força, do poder da mente para realizar, da integração do corpo nas tomadas de decisão, hoje vem complementar essa mensagem com a carta do Imperador.
O Imperador apresenta o atributo masculino, a ação. Temos um corpo e cabe a nós decidirmos o que fazer com ele. Nascemos imersos numa cultura, numa sociedade, numa família, mas somos nós que definimos o caminho que trilharemos. Enfim, ele nos clama para assumir a responsabilidade sobre nossa própria vida.
Reflita sobre a maneira com que tem conduzido a vida e os acontecimentos. Você é vítima? Você é o algoz? Ou você é o herói? Parece que sempre estamos assumindo essa ou aquela posição. Parece que oscilamos em nos sentir pobres coitados de todas as crueldades (“o mundo é mal”), ou nos sentir super responsáveis por tudo que acontece (“faço mal a tudo e a todos”) ou ainda nos sentir imprescindíveis (“se eu não tivesse feito o que fiz tudo teria dado errado”). E, observe, sempre há o outro como referência de nossos atos. O outro, o público, a plateia é quem está julgando nossos atitudes e comportamentos!
Chega disso! Ficar bem é um processo individual e solitário. Reverberamos o que toca dentro de nós e teremos o retorno compatível ao que vibramos. O som às vezes pode ser distorcido, porque há um outro ouvido que escuta, mas sua essência ficará.
Portanto, agarremos nossa vida com nossas próprias mãos e façamos dela o que desejamos e queremos. A carta do Imperador representa o autopoder. Mas, que esse poder esteja sempre associado à nossa natureza sensível e espiritual, pois esse poder sozinho pode tornar-nos déspotas, tiranos de nós mesmos e dos que estão a nossa volta.
Magda Kumara
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