8 de Espadas
Se tens medo de se expandir, tem medo da vida!
No interior, é comum cortarem as asas das galinhas para que elas não voem. Quem é da cidade até pensa que galinha não voa, na verdade ela voa bem baixinho. E esse termo, “cortar as asas” é muito usado para ameaçar alguém que está tentando alçar voos maiores ou até mesmo para incutir o medo: “não se anima porque daqui a pouco vão cortar suas asas”. E entre o medo de que cortem nossas asas em pleno voo, aprendemos a nos autopodar, assim evitamos a queda. E de tanto evitar a dor da queda, não nos permitimos voar!
As restrições autoimpostas funcionam como uma verdadeira prisão da alma e da vida. Impulsos, desejos, novas ideias, novos amores, são tolhidos pelo medo. Medo do fracasso, medo de errar, medo de se frustrar, medo de se desiludir. É como se aquele sonho comum da adolescência – o de estar nu em público – pudesse se realizar. E nisso, nos aprisionamos mais, cortamos mais um pouco nossas asas e quando vemos, nem um voo baixo somos capazes de dar.
É o momento de sair dessa escuridão de medo, dessa caverna que nosso ser habita. Não podemos passar a vida hibernando, há mais sol e calor lá fora do que nosso ego pretende nos convencer. Esse mesmo ego que nos sabota e que é tão pessimista, que nos faz acreditar que é melhor se apequenar do que sofrer ante a derrota.
A vida nos convoca a acreditar em quem somos e atender nosso apelo de expansão, de luz de amor. Sejamos corajosos para romper com as crenças de que não somos capazes, de superar as críticas e autocríticas, de crer que a vida é muito maior do que qualquer medo de derrota!
Magda Kumara
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