VOCÊ RESPEITA SUA PORÇÃO EMOCIONAL? – Rainha de Copas

Cotidianamente somos convocados à luta, à racionalidade, à atividade. Devemos ser mais yang do que yin, mais masculinos do que femininos, mais mentais do que emocionais. Essa é a maneira como aprendemos a ocupar nosso espaço e atuar socialmente. E assim fazemos não só no externo como no interno também!

Passamos a acreditar que os aspectos femininos mais atrapalham do que ajudam, que o emocional cedo ou tarde descamba, que a razão é mais correta do que a intuição. Passa-se o tempo e, pouco a pouco, esses nossos atributos mais sensíveis, ficam presos, amarrados e vigiados. Tudo por uma vida sem excessos emocionais, sem ressacas morais, sem falar o que não se deve e sem sentir o que não se pode! Relações estáveis e racionais, atividades controladas, tudo sem sobressaltos, sem surpresas.

Ao emparedarmos nossas emoções, acabamos por isolá-las de nós mesmos. Ou melhor, achamos que estamos conseguindo isso, até o momento que ela escapa inadvertidamente e nos coloca cara a cara com o que somos. Quanto mais negamos essa porção, mais desequilibrada ela se torna, quanto mais tentamos esconder nossa emoção, mais sensíveis nos tornamos.

Ao nos observarmos, sem julgamentos, sem pré-conceitos, sem achismos e teorias, começamos a nos integrar internamente. Começamos a nos consultar mais, a prestar mais atenção ao que sentimos antes de tomar uma atitude. Começamos a nos sentir mais confortáveis, tranquilos e felizes com o que somos.

Difícil? Fácil não é! É necessário empenho, dedicação e muita vontade. Afinal, romper um longo processo de automatismo exige muito esforço e conscientização. Por isso, a meditação é uma grande aliada, ajudando na união da razão com a emoção, o mental com o intuitivo, enfim, ajuda na percepção de que somos seres únicos e indivisíveis.

Muita luz e força interna recheada de amor!

Namastê