PAJEM DE COPAS – ENERGIA DA SEMANA: AMAR-SE!
Amor! Esse amor que nos aquece, que nos acolhe, que nos conforta. Esse amor que nutrimos por homens, mulheres, crianças, animais, plantas. Esse amor que nos permite a vida.
Se o amor é tudo isso, por que ele pouco aparece nas ruas, na convivência comunitária, no trânsito, no transporte público? Será que o amor deve ficar restrito ao foro íntimo?
Mesmo na intimidade vemos muita coisa que não é e em que não há amor. Há medo de mostrar-se como é, há estratégias para manter a relação, há teimosia, há a vontade de ser dono da verdade, há egoísmo. Demonstrações de amor muitas vezes são vistas como fraqueza, falta de autoestima. Mas não seria o amor por si próprio a maior marca da autoestima?
Há tanta confusão! Orgulho é confundido com amor próprio, vaidade é confundida com amor próprio, arrogância é confundida com amor próprio. Tudo isso pode ser qualquer coisa menos amor. Quando temos amor por nós mesmos, não precisamos provar isso para o mundo. O que sentimos nos preenche de tal forma que não há necessidade do referendo externo. Se sinto que sou uma pessoa bonita, realizada, grata pela vida não preciso declarar isso, não preciso de aplausos nem de reconhecimento.
O aprendizado do amor começa dentro de cada um de nós. Amar-se não significa se achar perfeito, maravilhoso; significa reconhecer suas qualidades e também suas fraquezas; amar-se por ser tão único, amar-se por ser um aprendiz do amor!
ÁS DE ESPADAS – DESAFIOS: COMBATENDO A AUTOCRÍTICA!
Não é nada fácil se amar quando há tanto questionamento e julgamento sobre quem se é. Como se amar se sua opinião sobre si mesmo é tão negativa?
Fomos forjados e domesticados a buscar a perfeição no corpo, na carreira, nos relacionamentos, enfim, em tudo que compõe a vida. Olhamos os outros nas redes sociais e nos achamos mais feios, menos realizados, com a vida mais chata, solitários e por aí vai.
Quanto mais nos distanciamos desse “ideal” de pessoa e de vida, menos espaço para o autoamor, menos possibilidade de reconhecer nossas qualidades e atributos e muito maior a frustração.
Não adianta seu coração derramar amor por si mesmo se sua cabeça aponta os erros e defeitos. Não adianta ficar na frente do espelho dizendo “eu me amo, eu me amo”, se logo pensa: “nossa, mas minha pele está péssima! E esse cabelo então?!? Tenho que dar um jeito!” E começa a listar tudo que está “errado” em você, primeiro na sua imagem e depois… em tudo o mais!
A autoestima começa na transformação desses valores que nos fazem acreditar que não somos bons o suficiente, que não somos bonitos o suficiente, não somos bem sucedidos o suficiente e que, com tudo isso, nunca seremos felizes.
Por isso, o autoamor não começa no coração, começa na mente! Pode parecer contraditório, mas é nela que se concentram nossos maiores algozes. Então, precisamos trabalhar nossa racionalidade no sentido de entender, aprender e exercitar a liberdade de ser diferente e de ser únicx. Encontrar espaço na mente para essa verdade, limpando-a das crenças sobre perfeição e felicidade e inserindo a celebração de nossas virtudes, de nossa beleza própria, de nossas conquistas e de nossa enorme capacidade e possibilidade de sermos felizes na “perfeição” que somos!
5 DE ESPADAS – OPORTUNIDADES: MEDO DE QUÊ?
Quanto maior a autocrítica, maior é o medo da crítica! Quanto mais questionamos nossas qualidades, quanto mais identificamos e apontamos nossos defeitos, mais tememos que os outros os percebam. Se eu já sou dura o bastante comigo, não quero ninguém mais me dizendo o que já me digo.
Isso acontece dentro, mas por fora podemos mostrar que somos muito bem resolvidos, que nos achamos lindxs e maravilhosxs e que nada abala nossa autoestima. Para manter essa imagem nos blindamos, nos armamos e somos super reativos a qualquer comentário (que ouvimos como uma imensa crítica).
Nosso maior medo é de nos vermos expostos! Expostos nossos mais horríveis defeitos, tudo aquilo que desgostamos e que nos esforçamos tanto para esconder. Medo de nos verem não como queremos ser vistos, mas como efetivamente somos. Medo de que, ao nos virem como somos, sermos rejeitados e repelidos.
Nosso medo é a projeção de nossa autocrítica nos olhos dos outros, nosso medo é receber do outro o mesmo tratamento que recebemos de nós mesmos: desamor.
E nessa relação entre o outro e eu, o outro me afeta mais quanto mais eu tento me esconder. O outro me agride mais, quanto mais me sinto vulnerável. O outro me ama mais, quanto mais eu reconheço que posso ser amadx. Essa relação com o outro é espelhar e o outro vai refletir meus encantos e meus maiores medos!
Se “o medo de amar é o medo de ser livre para o quer e vier”, isso também deve valer para o autoamor!
Muita luz e amor, amor por quem você é!
Namastê