17 A Estrela

XVII – A Estrela 

Sem os dogmas, mas com fé

Hoje o Tarô nos apresenta a linda carta da Estrela, nos lembrando que a esperança e a fé em quem somos são nossas guias. Mas que essa fé não é a mesma que nossas crenças (mentais) estabeleceram durante nosso processo de vida. Não é à toa que o Tarô ontem falou sobre a necessidade de nos libertarmos das opressões dessas mesmas crenças que há muitos anos adotamos.

Observe a carta:

 * A mulher nua simboliza a pureza. Para essa purificação, precisamos nos despir de todas as camadas de maquiagem, de armaduras e de máscaras que continuamente colocamos.

A mulher joga água no regato e na terra, por onde escorre. A água simboliza nossas emoções e sentimentos que não precisam ser guardados e confinados apenas no nosso interior. Eles também podem, e devem, estar presentes nos vários setores e aspectos de nossa vida. As emoções não precisam ser refreadas, nem represadas! Quando elas são expressas e respeitadas fluem graciosamente, tornando-nos muito mais conectados conosco mesmo e com tudo que fazemos.

A grande estrela mostra que nossa existência é uma parte de um todo e não um fim em si mesma. A estrela nos remete ao sentido cósmico de nossas vidas, à nossa espiritualidade. Quanto mais materialista é nossa forma de viver, mais distanciados ficamos dos aspectos sutis da própria vida. Integrarmos às demais forças da natureza e do Universo traz um outro sentido de vida e ajuda a nos libertarmos dos antigos padrões há muito obsoletos e que só nos traz sofrimento e dor.

A fé é uma crença. Uma crença é criada pela mente. Quando mudamos nossas crenças, mudamos nossa fé. Que nossas crenças possam considerar o todo e não apenas uma parte. Em tempos de tantos avanços na ciência, não cabem mais as velhas crenças cartesianas e materialistas.

Magda Kumara