IX – O Eremita
O principal companheiro que terá na vida é você mesmo e para que essa relação seja tranquila e produtiva, é necessário que se conheça profundamente.
Luz, amor e muita conexão consigo mesmo!
Namastê
Conhece-te a ti mesmo!
Essa frase foi repetida por muitas vezes, por vários sábios. E por que parece ser uma tarefa tão difícil?
Você já percebeu o quanto se distrai de si mesmo? Buscamos tantas e tantas distrações: televisão, internet, música, jogos, compras… Até que em algumas dessas atividades acabamos fazendo pequenas reflexões sobre quem somos, mas nunca chegamos a fundo.
Uma das grandes dificuldades de conhecermos a nós mesmos mais profundamente é que fatalmente nos confrontaremos com o que somos e isso pode não ser muito bom. Veja só, considerando o tempo que ficamos acordados nos olhamos muito pouco no espelho e, quando o fazemos, posamos, estampando as nossas melhores expressões, buscamos o nosso melhor perfil. Por isso mesmo é que ficamos tão assustados com algumas fotos nossas! Oh, não! Estou muito mal nessa foto! Rasga, deleta, não divulga! Sou muito melhor do que isso!
Se com a aparência é assim, como será chegar mais perto do que efetivamente se é e descobrir que não é tão legal, magnânimo, altruísta, gentil, honesto, sensível, justo, amoroso quanto se pensava? Construímos nossa imagem e alimentamos nosso ego com tantas virtudes que constatar que não somos bem assim pode ser muito dolorido. E por isso, seguimos nos distraindo de quem somos, driblando a dor desse contato, a dor de uma possível desilusão.
Mas, não adianta! Quando acontece alguma coisa que nos pega desprevenidos, nós nos mostramos efetivamente como somos, como sentimos. A máscara cai! Se sofremos para não entrar em contato com o que não gostamos em nós, sofremos ainda mais quando essa parte de nós que não gostamos vem a tona! O melhor caminho para eliminar tanto sofrimento é conhecendo-se.
Essa é a mensagem do Eremita! Só podemos nos conhecer concentrando nossa atenção em nós mesmos, em silêncio, observando nosso corpo, nossas sensações. Compreendendo como somos, sem julgamentos, sem críticas, apenas percebendo e entendendo. Enquanto não nos conhecermos verdadeiramente, estaremos sempre em sofrimento. O fim do sofrimento vem quando estamos em paz com quem somos.
FLORAIS DE BACH – Para ajudar em seu processo de autoconhecimento, veja AQUI as essências florais indicadas.
Texto: Magda Chiossi // Imagem: Remedios Varo Uranga