6 de Espadas
Rompendo o ciclo vicioso e reconhecendo um novo caminho!
Magda Kumara
Hoje o Tarô nos reapresenta a mesma carta de 3 dias atrás. Como o tema vem se repetindo, resolvi pesquisar outras possibilidades de interpretação desta carta.
Segundo Sharman-Burke e Greene, no livro O Tarô Mitológico, esta carta “retrata o afastamento da turbulência e das dificuldades em direção a um estado mais calmo e tranquilo. Já houve um vislumbre de conscientização e já existe alguma paz a partir da aceitação das próprias limitações. Embora ainda triste, pode-se enxergar um caminho mais tranquilo adiante. Esta não é uma carta feliz, mas sugere a harmonia decorrente de uma acerto de contas com as próprias tarefas e restrições.”
Ziegler, no livro Tarô: espelho da alma em que interpreta as imagens elaboradas por Crowley, diz que nesta carta “as percepções não apenas são vistas e reconhecidas, mas podem também ser efetivamente comunicadas. As mais variadas ideias e visões se encontram num ponto central. Isso gera uma visão nova e abrangente das coisas, que faz desabrochar a rosa da compreensão. (…) Novas compreensões ajudam a demolir velhos círculos viciosos nas áreas pessoal e dos relacionamentos. As mudanças que se fazem necessárias agora deveriam ser comunicadas de tal modo que os outros pudessem ouvi-las, compreendê-las e aceitá-las.”
Podemos citar algumas outras interpretações incluídas no livro Tarô: Dicionário e Compêndio de Jana Riley:
- Fairfield – Aceitação e reintegração de crenças e atitudes.
- Greer – Jornada através da consciência ou viagem mental. Solucionar problemas.
- Noble – A capacidade de ver as coisas como um todo. Perspectiva, afastar-se e cuidar do que tiver magoado você.
- Walker – Um tempo difícil e ansioso, uma jornada em direção a um futuro escuro e desconhecido que às vezes é presságio de sucesso.
- Wanless – Extrema atividade mental e agitação, conflito mental, ambiguidade e indecisão. Deste conflito podem vir a solução e a síntese, e grande ideias podem surgir.
Todas as interpretações apresentam a dualidade, seja de caminhos, de ideias, de visões da vida e do mundo. Mas, a grande mensagem está na integração das partes. A dualidade não pode persistir! Quem está na dúvida ou está dividido, não segue viagem, mantém-se no ciclo vicioso ou fica parado na encruzilhada sem saber que caminho tomar. Se formos capazes de acolher e reconhecer o que sentimos, pensamos, intuímos, desejamos e acreditamos, sem negar seja o que for, perceberemos nossos problemas e conflitos de outra maneira e poderemos retomar nossa jornada. Afinal, prosseguir a viagem é a síntese de nossas vidas!
Mas tem ainda um toque final: decidido o caminho, precisamos começar a comunicá-lo, não só para os outros, como para nós mesmo. Precisamos ouvir, se acostumar e validar esse novo caminho!
mas essa viagem faz parte de nossa vida !