Realização profissional fruto da sintonia interna!
6 de Paus
Hoje, temos uma continuidade do aspecto apresentado pela carta de ontem, que em pleno domingo trazia o tema do trabalho. Se ontem o tarô nos orientava a ver a atividade profissional como um canal por onde deve fluir a energia vital, hoje ele sugere a expansão dos desejos e da criatividade.
O modelo da meritocracia, que permeia as relações sociais e profissionais, nos afeta diretamente – mesmo com nossas tentativas para não se submeter a ele. O tamanho do seu sucesso é proporcional aos seus esforços; todos querem o prêmio mas esquecem a fadiga dos treinos. O conteúdo dessas frases estão tão profundamente introjetados em nós que tememos fazer ou ser diferentes. A questão não está no sucesso, mas no suor, no sofrimento para se ter mérito. A mensagem subliminar é que só tem mérito aquilo que é penoso, não o que é prazeroso.
E assim seguimos, transferindo para o setor dos passatempos as atividades que nos fazem bem, em que somos criativos, que flui sem esforço, que gera prazer; e focamos, profissionalmente, nas atividades meritórias, reconhecidas e agraciadas pela sociedade, com tensão, estresse e profundo cansaço. É como aquele jogo de palavras: você ama o que você faz ou faz o que você ama?
Aqui vale a lembrança das histórias de pessoas com carreiras de sucesso que largaram o status, a estabilidade, e partiram para atividades totalmente diferentes mas que geravam muito mais contentamento. Quando ouvimos essas histórias temos a tendência de dizer que elas podiam, tinham condições, deviam ter muito dinheiro guardado… e todos os outras condições favoráveis que imaginamos. Talvez isso seja verdade, mas talvez essas pessoas construíram essa possibilidade em vez de ficar eternamente nesse ciclo vicioso do fazer-o-que-não-gosta-mas-a-vida-é-assim-não-podemos-ter-tudo-que-queremos-temos-que-pagar-as-contas-temos-que-comprar-coisas… por aí vai.
Todos nós desejamos ter realização profissional e sermos reconhecidos pelo nosso trabalho, mas cada um tem seu próprio caminho e atividade que alimenta sua criatividade e oferece um enorme prazer em sua execução. Quanto mais permitimos viver de acordo com o que os “outros” esperam de nós, menos satisfação temos em nossa vida. Mas, esteja atento, na maioria das vezes esses “outros” moram dentro de nós e nós os alimentamos e fortalecemos; se resolvermos parar de lhes dar ouvidos, eles ficarão mais fracos e deixarão de intervir em nossas escolhas, Será que não está na hora de começarmos isso?