IV – O Imperador
por Magda Kumara
Quem manda na sua vida?
Nem todo mundo tem uma boa relação com a autoridade. Talvez porque autoridade e autoritarismo parecem andar juntos. E estão realmente muito próximos, afinal o autoritário é aquele que procura impor-se pela autoridade. Então, há quem acredite que apenas terá autoridade sendo autoritário e há quem tenha medo de que tendo autoridade passe a ser autoritário. Como o equilíbrio é nossa eterna busca, enquanto não o encontramos, oscilamos entre autoritarismo ou submissão.
Adotamos uma ou outra atitude de acordo com as situações ou relações. Com algumas pessoas somos duros e rígidos, com outras nos calamos. Em algumas situações somos agressivos em outras passivos. Nesse pêndulo, ora achamos que temos que nos impor para sermos respeitados, ora achamos que somos nulos, sem nenhum valor. E como fica nossa vida nisso tudo?
Temos que entender que o poder é fundamental para a vida! EU POSSO! Se eu acredito no meu poder eu realizo. Se eu valorizo e reconheço meu poder, não o entrego a ninguém e nem tento tirar o poder do outro. Sei o que posso.
Enquanto não aceitarmos isso, estaremos delegando aos outros a responsabilidade sobre nossas vidas: aos pais, ao companheiro, ao chefe… Minha vida passa a ser o que os outros determinam. Serei rica ou pobre, valorizada ou desprezada, eficiente ou negligente, boa ou má, amada ou rejeitada de acordo com o que os outros pensam e decidem sobre mim.
Aceitar o poder, meu próprio poder, é assumir uma grande responsabilidade sobre a minha vida. Não poderei mais culpar os outros pelos meus fracassos, mas também não dependerei deles para buscar minhas vitórias. Aceitar e reconhecer meu poder me liberta da necessidade de oprimir os outros porque já não tenho medo de ser oprimida, reconheço meu próprio poder.
Ser submisso pode ser mais fácil, mas impede sua evolução. Ter autoridade sobre sua a vida dá trabalho, mas só assim sentirá que está realmente vivo!