VI – Os Amantes
por Magda Kumara
Amor se escolhe?
Nossa tendência natural é responder um sonoro NÃO! O amor é que escolhe a gente, o amor nos toma, nos envolve, nos arrebata! Sim, isso pode ser o que acreditamos, isso pode ser o que algumas pessoas colocaram em prática. Mas, a maioria de nós escolhe e escolhe muito!
Quantas pessoas você já rejeitou porque eram gordas ou magras demais? Altas ou baixas demais? Ou ainda porque não tinham o mesmo nível social, cultural ou econômico? Com quantas pessoas você se relacionou que tinham muita coisa que você valorizava e que a história nunca foi para frente?
O amor é sentir, mas insistimos em dar nome, endereço e um belo currículo para ele. O amor é uma vibração que liga dois seres, mas nem sempre permitimos que ela aconteça por não ser o número procurado.
E por que colocamos tantos pré-requisitos em nossos potenciais amores? Amor não é um bem a ser consumido, em que precisamos olhar a embalageme checar sua composição para ver se está de acordo com nossas normas de segurança. De onde vem tanto rigor? É medo de se machucar, de se enganar? Lamento dizer, mas seguindo esse caminho, são grandes as chances de encontrar sofrimento.
As dúvidas e a necessidade de certezas são geradas pela falta de integração interna, uma parte diz que sim, outra diz que não. Quem está certa? A quem devo obedecer? Para sair do impasse, criou-se o hábito de seguir critérios, de fazer listas sobre o que é bom e o que não é, quem “serve” para amar. Assim, pode-se até ter a sorte de encontrar o amor, mas é preciso muita sorte mesmo!
O caminho do amor começa dentro de você. Sem união interna, a união externa torna-se frágil. Quando as polaridades internas se fundem torna possível o encontro com outro ser também completo e integrado, que podem enfim viver o amor, um amor que complementa e traz totalidade.