II – A Sacerdotisa
A verdadeira sabedoria!
O processo de autoconhecimento é contínuo, dinâmico e pode realizar-se de várias maneiras. É bastante comum o uso da razão para analisar as marcas deixadas pela vida, para entender os traumas e os nós presentes na alma.
A racionalidade e seus elementos são muito importantes para o autoconhecimento, mas não conseguem penetrar em setores mais profundos, pouco lógicos, menos concretos. Para se conhecer mais profundamente, conhecer sua parcela divina, seu ser pleno que não está no passado nem no futuro, mas neste exato momento, requer o uso de outros sentidos. A intuição e o instinto são ferramentas fundamentais para acessar nossa essência, mas, infelizmente, estão tão subordinados à razão que normalmente só ganham espaço em situações limite.
Para chegar mais perto daquilo que é mais nobre dentro de cada um de nós – e mais verdadeiro – é necessário o recolhimento, a quietude, a não ação, o não pensar. Apenas sentir, observar – sem analisar -, perceber o corpo, as vibrações. Deixar que as mensagens que o universo envia constantemente sejam recebidas, intuídas e que penetrem no ser, suave e profundamente. Não há julgamentos, não há críticas, não há reflexões, há apenas a percepção, a compreensão plena da existência, de uma existência além do aqui e agora, além da matéria. Uma existência verdadeiramente divina.
Magda Kumara