2 de Paus
Descondicionamento
Mudou o dia, mas a carta é a mesma. O tarô insiste na mensagem, se assim é, significa que precisamos nos aprofundar na reflexão que ela sugere.
Desde muito pequenos somos condicionados a ser e fazer aquilo que atende às expectativas de nosso meio, para então recebermos algum reforço positivo. Muito parecido com o que Pavlov aplicava em seus animais de pesquisa: quando eles faziam algo desejável, eram premiados; quando faziam algo não esperado, eram castigados. Assim também ocorreu conosco: quando éramos aquilo que as pessoas à nossa volta gostavam, recebíamos elogios e mimos, por outro lado, se desagradávamos com nossos atos, poderíamos receber broncas, castigos e, o pior de tudo, desprezo.
Nossa capacidade mental nos diferencia dos animais e somos capazes de reconhecer os condicionamentos, analisar o nosso passado e nos libertarmos, mas não é tão fácil assim.
Uma parte de nós – inconsciente ou temeroso – ainda resiste a atender o chamamento interno para ser e fazer aquilo que dá sentido à vida. Essa parte sente-se insegura em fugir do padrão conhecido, em “arriscar” novos caminhos. Essa parte paralisa, enterra os sonhos, minimiza os desejos, rejeita novas experiências.
Enquanto não formos capazes de quebrar efetivamente os muitos condicionamentos que nos atam ao velho modo de viver, nossos sonhos se restringirão ao sono, nossos ideais serão fantasias e nossos projetos apenas reedições do mesmo.
Magda Kumara
T. (11) 9-8506.3117