XVI – A Torre
Mude, antes que a vida faça por você!
Ninguém gosta de quando ocorrem imprevistos que atrapalham os planos, a rotina. Pneu furado, metrô parado, salto quebrado, pequena batida de trânsito, perda de documentos. Basta uma coisa acontecer para nos atrasarmos, sairmos do controle, perdermos o equilíbrio. E por quê? Porque estão fora do nosso planejado, fora do nosso controle, fora daquilo que nos dá a sensação de segurança.
Segurança e controle estão sempre associados. Enquanto controlo uma determinada situação, tenho segurança. Um imprevisto, um acidente, uma adversidade foge ao meu controle e assusta.
Se fazemos isso na vida prática, o que não somos capazes de fazer para dentro de nós? Reprimimos tudo aquilo que pode ameaçar nossa segurança e delimitamos um caminho que seja seguro e o mais estável possível. E como identificar o que é seguro? Seria lindo se a resposta fosse: o seguro é tudo aquilo que está em sintonia com o seu interior, a segurança se adquire por meio do conhecimento de si. Mas, infelizmente, não é assim que as coisas são. Seguro é aquilo que nos ensinaram, que “todos” fazem, que é aceito e respaldado socialmente.
E, quanto mais forçamos nossos comportamentos e sentimentos nessa direção, mais sufocamos e represamos o que verdadeiramente somos. Para não morrer, nosso ser interno quebra a prisão em que foi colocado. Um pneu furado não é nada perto disso! Nossa estrutura de vida desaba, nossas verdades mostram-se falsas, tudo que construímos rui. Nesse momento, nos vemos nus, sem nada, sem rumo… mas, com uma grande chance de recomeçar em sintonia com nossa essência e de reconhecer que a maior fortuna da vida está dentro de nós!
Magda Kumara
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