VIII – A Justiça
Nem sempre o que queremos é o que precisamos!
Nos últimos dias tenho ouvido muita gente reclamando do ano de 2013 – ano difícil, cheio de acontecimentos inesperados e desagradáveis -, mas quando reflito como foi esse ano para mim, tenho outras percepções. Não foi um mar de rosas, mas foi bastante significativo no olhar sobre a minha vida, na aceitação daquilo que deveria mudar e partir para a ação. Na verdade, foi um ano de muito trabalho interno e de grandes transformações. Isso não é fácil, mas definitivamente, foi substancial em minha vida.
Continuei me perguntando o porquê de ter sido um ano difícil para tantas pessoas e hoje o Tarô me deu uma luz.
O equilíbrio é uma busca constante, equilíbrio interno e externo. Vida tranquila e constante, que perfeição! Infelizmente, o equilíbrio nem sempre é mantido com facilidade, novos fatos ocorrem, tiram nosso foco e, pimba, perdemos o equilíbrio. Ficamos atormentados e desnorteados. Buscamos avidamente pelo retorno do equilíbrio, mas já não é tão fácil. Nossa tendência é radicalizar: se isso já não dá mais certo, vou partir para outra! Vou fazer tudo diferente agora! É tudo ou nada, é oito ou oitenta! E o equilíbrio… que equilíbrio?
Vem-me a imagem de um homem andando em um fio, a concentração é a base de seu equilíbrio; atenção e foco nos passos, em qualquer variação do ar, vento… Quando há algum desequilíbrio, tenta suavemente voltar à posição inicial. Ele sabe que esse é o caminho, seu caminho. E mantem o foco! Mas, para nós que não estamos em um fio suspenso é tão difícil! Porque logo começamos a desacreditar no nosso caminho e concluímos que gastamos tempo e energia inutilmente.
E assim, perdemos o maior de nossos aprendizados. Deixamos de compreender porque fomos surpreendidos, o que temos para aprender com o que nos aconteceu. Achamos que a vida não é justa, que não está reconhecendo nossos esforços, que o universo não conspira a nosso favor! Porque continuamos a crer que a vida deve nos presentear com o que queremos e não percebemos que ela nos coloca em situações que precisamos enfrentar para crescer. O querer é fruto do nosso consciente, mas é nosso inconsciente que sabe o que de fato precisamos para nosso real desenvolvimento!
Quando algo nos desequilibra, não podemos fugir dele! Temos que encará-lo e entender. Quantas pessoas dizem: quanto mais rezo mais assombração me aparece! São mensagens! Quanto mais negamos as mensagens do inconsciente, mais vezes ele se manifestará e a cada vez de maneira mais enfática! Ele pode começar se manifestando como uma emoção, até nos derrubar seja psíquica, física ou financeiramente. Acidentes, doenças, depressão, perda de dinheiro… são algumas de suas formas mais contundentes! E quanto mais desejamos manter as coisas como estão, maior é o impacto sentido!
Estamos aqui para evoluir e essa evolução passa fundamentalmente por nosso autoconhecimento, o entendimento de quem verdadeiramente somos. Quanto mais nos cegamos a essa verdade interior, mais sofrimento e desequilíbrio encontraremos pelo caminho!
Magda Kumara
T.(11) 9-8506.3117