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O Tarô não tem a intenção de prever o futuro, se assim fosse, haveria uma grande contradição, afinal, o livre arbítrio é o que mais nos diferencia de outras espécies. Não agimos apenas por impulso, nossa vida é regida por nós mesmos. Contudo, uma parte de nós parece estar constantemente escondida, oculta, misteriosamente camuflada. Mas sabemos que ela existe, ela se manifesta de uma maneira sutil e ininteligível na maioria das vezes. Essa parte de nós tem muito a nos dizer, ela pode nos orientar e ajudar a tomar decisões. Algumas vezes algo dentro de nós nos diz para não fazer isso ou aquilo; sem percebermos tomamos caminhos diferentes do habitual. Nossa mente é mais lenta que nossa percepção, mas aprendemos a acreditar apenas nela, mas nos surpreendemos quando a intuição se mostra!

Como parte de nossa evolução, de tempos em tempos nos sentimos um tanto desorientados. Podemos ter vontade de fazer alterações em nossa vida profissional, podemos estar descontentes com nossa vida afetiva, podemos estar mais introspectivos… Além disso tudo, pode haver uma grande vontade de mudança! Mas o que fazer? Por onde começar? Qual escolha fazer?

O Tarô é uma ferramenta muito útil para ajudar no desvendamento do inconsciente. Ele não prediz o futuro, ele nos aconselha. Mas como as cartas têm esse poder? O Tarô baseia-se no conceito de sincronicidade, propagado por Carl Jung. A sincronicidade é tão reveladora quanto difícil de entender. O próprio Jung teve dificuldades para aceitar e difundir seu conceito e só o fez após muitas pesquisas e experiências que provaram que aquilo que chamamos coincidência, não ocorre por acaso. Conhecemos pessoas que possuem atributos que estamos precisando desenvolver, enfrentamos situações para fortalecimento de crenças e valores necessários em nossas vidas, ou dissolução daqueles que já não nos servem mais.

As cartas que nós abrimos em um jogo de Tarô, não estão ali por mera coincidência, elas têm muito a nos dizer, elas trazem a tona questões que muitas vezes queremos colocar de lado, mas quando é chegada a hora, precisamos encarar, aceitar e promover as mudanças que porventura sejam necessárias.

Afinal, onde está a verdade, dentro ou fora de nós? Quem escolhe a verdade externa, escolha a renúncia de si mesmo.