Rei de Copas

Rei de Copas

por Magda Kumara

A vida só se dá para quem se deu!

Novelas e filmes detêm o poder de emocionar. Ao assisti-los, entramos em sua história, vivenciamos as experiências dos personagens, sentimos suas dores e suas paixões. Quando eles acabam, somos capazes de dizer o que cada personagem deveria e o que não deveria ter feito para ser feliz, especialmente para ficar com a pessoa amada.

Fora das telas também somos ótimos conselheiros ou julgadores da vida alheia. Sim, é verdade, por mais que alguns de nós tentem se segurar, estamos constantemente analisando e julgando o outro. E nessa empáfia, ainda dizemos “se fosse comigo, seria bem diferente”, “eu não deixaria isso acontecer”. Seria mesmo?

Olhamos mais para fora do que para dentro. Olhamos mais para os outros do que para nós mesmos. Claro que é mais fácil analisar uma situação sem estar inserido nela, mas não é essa a questão. A questão está quando se fala mais das emoções do que as sente, quando se teoriza o amor, mas não o vive porque tem medo de viver suas próprias emoções, porque acredita que o amor não tem mais lugar em sua vida.

Sacrificar seus sentimentos pode ter sido uma lição aprendida. “Se quer chegar a algum lugar na vida, deve evitar as emoções”. Pode ser fruto de uma crença: “para minha evolução espiritual devo ficar só”. São todas armaduras para se proteger do amor, não do amor universal, do amor que duas pessoas compartilham, o amor que dá muito mais sentido a essa existência. O amor que também é fonte de aprendizado e evolução.

Falar sobre o amor é muito diferente de senti-lo, de vivê-lo. Renunciar ao amor é fugir de si mesmo – não adianta justificar racionalmente.  Esquivar-se do amor é renunciar à sua própria vida.