Destino ou escolha?

Previsão ou autoconhecimento?

Há alguns anos atrás fui a uma taróloga. Sua leitura me impressionou! Ela disse o que iria acontecer em minha vida e tudo que foi dito era o que eu desejava. Maravilhoso, não? Não! Eu fiquei muito impactada e incomodada com isso. Pensava: mas se minha vida já está assim definida, onde entram minhas escolhas? E se eu não quiser mais isso? Agora é só sentar e esperar para que aconteça o que ela disse que acontecerá? 

Com todo respeito àqueles que buscam e admiram as previsões dos oráculos, eu não consigo admitir isso para mim, porque eu acredito no meu papel de protagonista de minha própria vida! Não acredito em coincidências, não acredito em destino traçado. Sou responsável pelo que faço de minha vida, mesmo que não possa mudar os fatos que me cercam, cabe a mim escolher como reagir e lidar com eles. 

Eu atraio as pessoas e situações que me ajudam a aprender e evoluir. Eu defino se continuo ou se parto. Eu escolho que rumo tomar. Alguns podem me ferir, mas eu escolho se e quanto vou sofrer por isso. Não há ilusões, não há fantasias.

Onde está o ponto disso tudo? Na minha capacidade de perceber quem sou, de entender o porquê de algumas coisas me afetarem mais do que outras, de algumas pessoas me atraírem mais do que outras. Para isso eu preciso me conhecer mais, estar mais ciente do ser que ainda pulsa por trás de tantas armaduras de defesa, de anos de condicionamento social e familiar e, principalmente, de tanto tentar ser o que acho que tenho que ser e não necessariamente o que sou.

Esse desconhecimento gera insegurança, baixa auto-estima, dificuldade para fazer escolhas, ansiedade frente às mudanças e instabilidades. Fica-se mais do que deve, parte-se antes da hora.

As previsões – seja do Tarô ou de outro oráculo – podem levantar nosso astral, nos fazer bem e nos deixar esperando para que as boas coisas aconteçam. Bom, não é? Não é preciso fazer esforço, não é preciso se revisitar, não é preciso o intenso e constante trabalho de se perceber e se reformar. É sentar e esperar que os bons ventos tragam as previsões.

Uma consulta de Tarô Terapêutico não é assim! Ele não é indicado para quem quer se sentar sob a sombra do coqueiro e não ter nada a fazer. Uma consulta de Tarô Terapêutico é um acelerador do processo de autoconhecimento, é uma maneira maravilhosa de olhar-se e validar aquilo que se é e que efetivamente se quer. Uma consulta de Tarô Terapêutico nos deixa com a tarefa de aprofundar dia a dia essa observação sobre nós mesmos, para nos sentirmos mais confortáveis com o que somos, com nossa vida, com nossas atividades, com nossas relações e, se precisar fazer ajustes, sabermos exatamente o que queremos!

Você deve estar se perguntando: e as previsões daquela consulta, aconteceram? Não, eu não queria mais aquilo!

 

Magda Chiossi